Sodeval Ribeiro: “Desde já sou pré-candidato à sucessão de Várzea do Poço em 2024. E com apoio de Carneiro”

Sodeval Ribeiro: sonhando uma Várzea do Poço maior e mais desenvolvida

O empresário e vice-prefeito de Várzea do Poço, Bahia, na última e nessa atual gestão, Sodeval Ribeiro, 60 anos, PCdoB, gostou do papel que a ação pública proporciona na transformação da cidade e na vida das pessoas e está disposto a colocar seu nome como uma possibilidade de suceder o prefeito Manoel Carneiro, PCdoB. Carneiro já é reeleito.

Aliás, Sodeval Ribeiro não está somente disposto. Está disposto e muito seguro de que, na hora certa, que é o ano que vem, pode se lançar e chegar lá. Ou seja, poderá se eleger prefeito. “Desde já sou pré-candidato à sucessão municipal de Várzea do Poço em 2024”, afirma ele em entrevista exclusiva à Coluna Aparte do Portal JLPolítica & Negócio, comandado em Aracaju pelo jornalista profissional Jozailto Lima, um varzeano residente em Sergipe.

“E digo mais: sou pré-candidato do prefeito Carneiro. Jamais seria candidato sozinho, ou de mim mesmo, como se diz por aí. Em todas as nossas falas e conversas, Carneiro me confirma isso: que não abre mão de eu ser o candidato a suceder ele”, afirma.

“Eu sempre quero ver uma Várzea do Poço cada vez melhor. A gente tem ouvido por aí que Várzea do Poço está muito bem. Sim, eu creio mesmo que esteja muito bem. Mas quero vê-la bem melhor e vou procurar fazer isso por ela no campo da saúde, que está boa mas é a maior necessidade da população. Vou prestar a atenção na assistência social - focar mais nesse setor, combater mais a pobreza que é um problema sério nosso e do Brasil inteiro. E se eu chegar a prefeito, vou pensar numa possibilidade de mais atração de atividades industrias locais”, diz.

Fisicamente, a cidade de Várzea do Poço cresce e se expande, ocupando zonas antes rurais com a sua parte urbana. Demograficamente, no entanto, a população decresce: ficou com 8.101 habitantes, segundo o censo do IBGE deste ano. Eram 9.170 em 2019. Ou seja, tem agora 1.069 pessoas a menos.

Isso constrange e afronta a autoestima dos varzeanos – varzeanos, sim. Nada de varzeapocenses. Mas Sodeval Ribeiro parece disposto a olhar pra frente e superar essa suposta redução. Essa disposição pode ser medida pelo êxito da vida privada dele.

Bem-sucedido, dono de uma empresa que emprega quase 60 pessoas, a Nosso Rio tem bom faturamento anual, e Sodeval Ribeiro deixa patente que não busca o poder pelo poder, e nem que precise dele para sobreviver ou potencializar seus negócios pessoais.

Na Nosso Rio, distribuidora de bebidas para 17 municípios, a partir de Várzea do Poço e sem filial em nenhuma outra cidade, ele alcança de Capim Grosso a Mundo Novo.

Sodeval Ribeiro da Cunha nasceu no vizinho município de Serrolândia no dia 25 de fevereiro de 1963, é um sujeito muito inventivo – já foi de micro industrial de vassouras piaçava, motorista de ônibus a dono de padaria, e mora em Várzea do Poço desde 1982.

Ele é casado com Ivanete Fonseca da Cunha e é pai de Jussara Fonseca da Cunha Rios e de Sandoval Fonseca da Cunha. A entrevista com ele é coisa de gente que pensa grande e por isso vale ser lida.

Prefeito Manoel Carneiro e vice Sodeval Ribeiro: eles bebem da mesma fonte política. Será assim em 2024?

Aparte - Qual é o balanço que o senhor faz destes quase sete anos da gestão de Manoel Carneiro e do senhor?

Sodeval Ribeiro - Eu faço um balanço positivo, apesar de a gente ter começado em janeiro de 2017 com a infelicidade de uma minoria no Poder Legislativo, e isso segurou muito a possibilidade de realizações da gestão de Várzea do Poço. Nós até conseguimos obter a promessa de alguns convênios importantes, mas não tivemos meio de realizar muitas coisas que eram ali necessárias para o município. Mas a gestão com certeza fez outras obras, construiu, não na proporção daquilo que gente sonhava e que o município necessitava.

Aparte - Foram fazendo sem dinheiro de empréstimo?

SR - Sim. Nós fomos trabalhando ali a partir daquele 2017, fazendo na medida do que podíamos e achando que a partir de 2018 e 2019 conseguiríamos recursos através da Caixa Econômica que iriam beneficiar diversas áreas da Várzea do Poço, como os povoados de Nova Esperança - Lagoa da Roça - e Barra Nova, com a reforma das praças, e calçamentos na comunidade de Cotovelo, uma quadra poliesportiva no Gato - Itapoan -, a praça do povoado de Itapemirim, aquela pracinha da Rua da Saudade, e calçamentos na sede. Isso seria um empréstimo via Caixa. A gente mandou para a Câmara, mas ela infelizmente não aprovou. Não queria que a gente construísse.

Aparte - Mas na segunda gestão vocês voltaram com uma Câmara mais alinhada?

SR - Exatamente. De modo que a gente não conseguiu construir tanto na primeira gestão, mas na segunda, graças a Deus, conseguimos fazer a maioria da Câmara, a gestão avançou e hoje Várzea é conhecida como um grande canteiro de obras de toda essa região da encosta da Chapada Diamantina. Já conseguimos uma reforma do Campo do Gado. Reformamos as praças de Barra Nova, Nova Esperança, fizemos as obras de Cotovelo e de Itapoan e todas as demais que falei há pouco. Tudo, aliás, que deveríamos ter feito na primeira gestão.

Aparte - Do ponto de vista das carências sociais, de responder às comunidades mais pobres, o Governo Municipal vai bem?

SR - Sim, eu diria que vai muito bem. Eu vejo Manoel Carneiro como um bom gestor, com visão social, tem uma boa equipe de Governo e ainda apresenta todo esse elenco de obras feitas e outras por fazer, não descuidando das pessoas. Hoje a gente tem aí um Hospital, o Rivorge Gonçalves Lima, funcionando perfeitamente - tivemos uma breve dificuldade na pandemia de Covid-19, mas foi algo geral e no país todo, com falta de médicos. Mas tem-se hoje médicos diariamente. A gente tem uma assistência social que vem fazendo um trabalho que não fecha os olhos para as carências do povo. Claro que precisamos melhorar mais. E vamos.

Sodeval Ribeiro e seu clã familiar: a participativa mulher Ivanete Fonseca da Cunha, a filha Jussara Fonseca da Cunha e o filho Sandoval Fonseca da Cunha

Aparte - A gestão paga em dia seus compromissos?

SR - Sim. Vou lhe dar um dado positivo disso: ainda hoje temos na mente da gente a histórica bicicleta circulando pelas ruas da Várzea irradiando contra a Prefeitura um “Pague meu dinheiro”. E isso sumiu. Cezar Nunes, um grande prefeito, assim como Paulo Ferreira, ainda passaram por alguns aperreios, mas de lá pra cá zerou. Há mais de sete anos que ninguém tem notícia dessa bicicletinha. Ela desapareceu. Carneiro vem sempre pagando em dia. Digo mais: até antecipando. Estou lhe dando essa entrevista hoje, quinta, 13, e no início da semana já estava na conta dos servidores a parcela de 50% do décimo terceiro deles. Isso atesta a qualidade das gestões do nosso grupo.

Aparte - Esse Governo e o conjunto de ações de que o senhor fala têm condições de garantir a eleição de um sucessor pelo grupo do atual prefeito?

SR - Eu vejo que tem uma facilidade de garantir isso, sim. Até porque a gente vem acompanhando os números do desempenho da gestão e do gestor, e eles são bons. Passam de 70% os da aprovação da gestão e da capacidade de o prefeito transferir votos. Poucos prefeitos, inclusive antecessores, têm alcançado a aceitação que Carneiro tem obtido. Ele e sua gestão vêm muito bem e não veja nenhuma dificuldade maior dele em fazer o sucessor no ano que vem.

Aparte - O senhor se coloca como um pré-candidato à sucessão dele?

SR - Sim. Eu me coloco. Desde já sou pré-candidato à sucessão municipal de Várzea do Poço em 2024. E digo mais: sou pré-candidato do prefeito Carneiro. Jamais seria candidato sozinho, ou de mim mesmo, como se diz por aí. Em todas as nossas falas e conversas, Carneiro me confirma isso: que não abre mão de eu ser o candidato a suceder ele. Sim. Na verdade hoje a maior parte do grupo - não vou dizer 100%, porque nem sempre se tem unanimidade - apoia e pede meu nome, até por saber que eu não quero o poder pelo poder. Estou conversando com Cezar Nunes, que foi o cara que começou a história desse grupo que se encaminha para 24 anos de serviços prestados.

Sodeval Ribeiro: garantindo que será candidato apoiado por Carneiro

Aparte - O senhor acha que Cezar, como toda distância que vive da política, apoiaria seu nome?

SR - Eu acho que sim, até por saber que, como ele, eu não busco o Governo para interesses pessoais ou particulares. Sempre falo com Cezar, ele aprova meu nome e me diz que eu tenho que dar essa continuidade. Isso muito me anima, porque eu sei o poder que ele tem, sempre baseado em boas condutas.

Aparte - No pós-Terêncio Carvalho, Várzea do Poço contou com três gestores reeleitos - Cezar, Paulo e Carneiro, que são de um mesmo grupo e dão os 24 anos de que o senhor fala. O senhor não teme o cansaço político do grupo na ida para uma sétima eleição?

SR - Temos de ficar atentos para um possível desgaste político de 24 anos, sim. Mas entendo que é um desgaste que pode e será superado pela qualidade dos serviços que esses prefeitos todos prestaram ao longo desses 24 anos e que continuarão prestando caso seja eu o escolhido pelo povo - e creio que serei na hora certa.

Aparte - Como um eventual gestor público, qual seria o seu planejamento futuro para uma gestão de Várzea do Poço? O que o senhor pensa para ela?

SR - Olha, eu sempre quero ver uma Várzea do Poço cada vez melhor. A gente tem ouvido por aí que Várzea do Poço está muito bem. Sim, eu creio mesmo que esteja muito bem. Mas quero vê-la bem melhor e vou procurar fazer isso por ela no campo da saúde, que está boa mas é a maior necessidade da população. Vou prestar a atenção na assistência social - focar mais nesse setor, combater mais a pobreza que é um problema sério nosso e do Brasil inteiro. Precisamos acompanhar mais de perto isso, porque já conhecemos a realidade de cada um. E se eu chegar a prefeito, vou pensar numa possibilidade de mais atração de atividades industrias locais.

Sodeval Ribeiro em dois momentos: no começo e no muque e agora com empilhadeira no seu negócio

Aparte - Como é que o senhor vê o estímulo à candidatura a prefeito do advogado Nelsinho Miranda, do seu mesmo grupo político?

SR - Vejo como normal. Nelsinho é meu amigo. A gente se conhece, conversa, bate papo. Ele tem o direito. Isso é democrático e eu respeito. Mas creio que lá na frente ficaremos todos juntos, porque somos de uma mesma política.

Aparte - O senhor permanecerá no PCdoB?

SR - Eu vou permanecer no PcdoB, até por fazer parte dessa família - nós temos prefeito, vice e vereadores todos de um mesmo partido. E aqui ficarei e vamos tentar manter a mesma federação partidária de 2020, do PCdoB, PT e PV.

Aparte - O senhor não conta com uma dissidência do PT?

SR - A gente tem dado sempre o apoio ao PT, porque consideramos o PT da cidade como um parceiro e por pensar assim, creio que vamos ficar com os três partidos juntos.

Aparte - O senhor vê a oposição esfacelada, ou acha que Marquinhos, Analiete e Everson Matt vão seguir unidos?

SR - Eu conheço mais o Marquinhos e a Analiete - o Everson nem tanto. Não tenho tanta aproximação, mas sei que é um bom cidadão. E acredito que o Marquinhos não apoiará o grupo puxado por Analiete.

Aparte - O que significa estarem em construção ao mesmo tempo dois grandes colégios na cidade?

SR - Isso significa muito. A gente vem trabalhando a educação das nossas crianças e jovens e com esses dois novos colégios vai evoluir muito a educação. São dois grandes colégios - o Estadual Felipe Cassiano -, e o municipal - Instituto Educacional São Francisco de Assis -, que estão vindo. São garantias de mais conforto para os estudantes e os professores.

Fonte:Blog de Jozailton Lima